AMOR EM AÇÃO – calçada INSPIRA TEMA DE TCC

AMOR EM AÇÃO – calçada INSPIRA TEMA DE TCC

A partir de hoje (06) você vai acompanhar uma série de testemunhos de pessoas que, de alguma forma, tem se envolvido com o Projeto Calçada, na luta por levar cuidado e proteção a crianças e adolescentes no Brasil e nos demais países da América Latina.
A série AMOR EM AÇÃO apresenta áudios, vídeos e artigos com relatos de muito amor, entrega e compaixão que prometem inspirar outras pessoas a também se envolverem com nossas iniciativas.

Neste primeiro episódio, você confere o relato da diaconisa Nilsa, que está concluindo um TCC sobre o Projeto Calçada.

Nilza Medeiros Pinto é diaconisa da Igreja Batista de Itacuruçá, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Lá, ela é responsável por ministérios nas áreas de recepção e eventos, além de ser a relatora de uma comissão jurídica. Mas foi na Primeira Igreja Batista de Alcântara, em São Gonçalo/RJ, que se converteu. Em 2025, Nilza completará 50 anos de batismo.

Casada há 35 anos com o Fernando, com quem teve 2 filhos e um neto, ela fez sua primeira faculdade no Instituto Batista de Educação Religiosa (Iber), que atualmente se chama Ciem. Após sua formação em Educação Religiosa, a Nilza cursou Arquivologia na Unirio. Posteriormente, ela cursou a faculdade de Direito, na Cândido Mendes. Logo depois, cursou Pós-Graduação e Mestrado em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Ouro Preto/MG.

Neste mês de março, Nilza conclui outra Pós-Gradução, desta vez sobre Desenvolvimento e Liderança, que é subsidiada pelo Lions Clube do Brasil. E é sobre o tema do seu TCC que a Nilza conversou com nossa equipe de Comunicação. Ela escolheu falar sobre “A Mulher na Liderança e o Terceiro Setor” e se inspirou no Projeto Calçada, o qual conhece desde a sua fundação aqui no Brasil, em 2000.

Ouça AQUI esta história e inspire-se a se envolver cada vez mais com nossas iniciativas.

UNICEF: apreensões de crianças e adolescentes sem flagrante devem ser interrompidas

UNICEF: apreensões de crianças e adolescentes sem flagrante devem ser interrompidas

Como uma organização que preza pela proteção de crianças e adolescentes, nós do Projeto Calçada acreditamos que todos os menores devem ser tratados com dignidade e respeito. Temos em nossa Política de Proteção a Crianças e Adolescentes diretrizes de boas práticas a serem seguidas por todos os envolvidos, e que previnem e lidam com todas as formas possíveis de violência contra eles: desde medidas de sensibilização até medidas de proteção, para mantê-los longe do perigo. Por isso, comemoramos a decisão do UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância – de pedir às autoridades brasileiras responsáveis que interrompam apreensões de crianças e adolescentes sem flagrante no país e assegurem integralmente os direitos de meninas e meninos.

No início de janeiro, O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, protocolou junto ao Supremo Tribunal Federal um pedido para restabelecer a proibição da apreensão de menores, exceto em casos de flagrante, nas praias do Rio de Janeiro.

A medida havia sido suspensa em dezembro de 2023 pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), que vetou a proibição desse tipo de apreensão durante a Operação Verão.

O UNICEF alerta que a medida atinge em especial crianças e adolescentes negros das periferias de grandes centros urbanos. A nota do Fundo diz que a apreensão de menores, sem flagrante, “viola expressamente direitos fundamentais de meninas e meninos garantidos pela Convenção sobre os Direitos da Criança (CRC), pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Constituição Federal de 1988”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 230, estabelece que, no Brasil, é crime “privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente”. Seguindo na mesma linha, a Constituição brasileira assegura, nos seus artigos 5 e 227, a proteção integral da criança e do adolescente e seu direito à liberdade, enquanto pessoas em desenvolvimento.

Já o artigo 37 da Convenção sobre os Direitos da Criança, que foi ratificada por 196 países, entre eles o Brasil, indica que os países devem garantir que nenhuma criança e nenhum adolescente “seja privado de sua liberdade de forma ilegal ou arbitrária”.

Caminhos para a segurança pública
O UNICEF diz que o debate sobre segurança pública no Brasil precisa alcançar governos, polícias, sociedade civil e os próprios adolescentes e jovens, definindo “soluções baseadas em evidências e voltadas à prevenção e à resposta às diferentes formas de violência e à garantia de cidades mais seguras e inclusivas para todos”.

Agressão contra crianças e adolescentes: Impacto no desenvolvimento

Agressão contra crianças e adolescentes: Impacto no desenvolvimento

Para um desenvolvimento saudável, faz-se necessário um ambiente seguro composto por cuidadores amorosos, estáveis, que supram necessidades básicas da criança. Necessidades como: alimentação balanceada, cuidados físicos, proteção, atenção, afeto e carinho. Os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento. Dos 0 aos 3 anos é a fase que o indivíduo mais aprende, não haverá outro momento no ciclo vital que ocorrerá tanto aprendizado. Assim, as primeiras experiências e interações deixarão marcas no corpo e no cérebro que moldarão toda a formação dos circuitos e da arquitetura do cérebro. Uma criança curiosa, que mostra-se animada para aprender, explorar e brincar, sinaliza que teve experiências positivas, pais participativos, presentes, com estímulos adequados, ou seja, um ambiente seguro que a permitiu crescer seguramente e ser nutrida física e emocionalmente. Esse desenvolvimento começa a correr riscos quando esta criança está inserida em circunstâncias muito difíceis, que se estendem por dias, semanas, meses e anos. Circunstâncias estas que configuram ambientes instáveis, com pouca interação positiva, que as expõe à violências.

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve um aumento de mais de 20% de casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes de 2020 para 2021. Apesar de existir uma enorme variabilidade de comportamentos e atitudes que podem ser prejudiciais à criança e ao adolescente por parte dos adultos ou cuidadores, os mais reconhecidos nas pesquisas como maus-tratos infantis, são a negligência física e emocional e o abuso psicológico, físico e sexual.

Os impactos da agressão contra crianças e adolescentes são diversos, tornando não apenas a infância comprometida, mas também a adolescência, pois aumenta o fator de risco já existente nessa fase, para o desenvolvimento de psicopatologias e maior suscetibilidade a vícios. Os estudos apontam uma relação direta de violências, adversidades vividas na infância com o desenvolvimentos de algum transtorno mental, como transtornos de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, suicídio, abuso de substâncias, transtornos de personalidade, bem como obesidade e anomalias no coração. Existem pesquisam que também mostram mudanças na arquitetura cerebral, no que diz respeito ao volume e morfologia, em decorrência desse
estresse precoce das agressões vivenciadas na infância. As áreas cerebrais prejudicadas mais apontadas nos estudos são as responsáveis por processar e armazenar reações emocionais; as que desempenham funções importantes na memória e no aprendizado; bem como a responsável pelo planejamento do comportamento cognitivamente complexo, processos de tomada de decisão, regulação emocional e adaptação do comportamento social. É importante ressaltar que os efeitos no funcionamento do cérebro, nem sempre aparecem imediatamente após a exposição ao evento, podem se manifestar na transição da infância para a vida adulta – na adolescência. Assim, mesmo que o adolescente não tenha um diagnóstico psiquiátrico, essas modificações podem influenciar o processamento e a resposta ao estresse psicossocial na vida adulta.

O organismo humano possui diversos mecanismos neurobiopsicológicos que atuam na regulação de respostas à situações adversas, de estresse social e psicológico. O eixo Hipotálamo-Pituitário-Adrenal (HPA) é um dos principais e mais antigos mecanismos de regulação do estresse em humanos. Na presença de eventos estressantes, físicos ou psicológicos, ocorre a estimulação de alguns hormônios que, por sua vez, estimulam as glândulas adrenais – também chamadas de suprarrenais – a produzir cortisona, o cortisol, um hormônio que ajuda o sujeito a se preparar para a reação de lutar ou fugir. Quando esse eixo é
ativado com frequência, ele perde essa função adaptativa: salvar a vida. Ele fica hipoativo, se apresenta insensível e menos reativo em situações de estresse agudo. Recomendo a leitura do estudo feito pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul sobre como a violência afeta áreas do cérebro de crianças e adolescentes. Este estudo apontou que crianças e adolescentes submetidos a episódios de violência desligam involuntariamente partes do cérebro responsáveis pela memória, empatia e emoções, colocando a mente, em “modo de sobrevivência”. Desse modo, fica comprometida a capacidade de concentração e de processamento de novas
informações.

Diante de todos os prejuízos exposto que a violência, as agressões acarretam para um desenvolvimento infantojuvenil saudável, são urgentes ações que protejam nossas crianças e adolescentes. Não existe uma receita para um cenário compostos por variáveis diversas e complexas. O que temos são medidas, que todos nós podemos adotar, a começar pelo o que estamos fazendo com a escrita e leitura desse texto – a informação. Entender o que configura violência e seus impactos, pode gerar a conscientização e ações para mudanças comportamentais, de pais, cuidadores, professores, instituições e adultos de referência para com
as crianças e adolescentes;

Para mudanças de práticas parentais punitivas, seguem algumas dicas para ajudar nesse processo: mudanças comportamentais passam primeiramente pelo autoconhecimento, assim, quando estiver diante de uma situação desafiadora com sua criança/adolescente, pare, se dê um tempo, saia se possível do ambiente e perceba o que está sentindo, que reações está experimentando no seu corpo (coração acelerado, rubor na face, queimação no estômago). Observe seus comportamentos, que atitudes está prestes a tomar? Elas serão pedagógicas e orientadoras, ou vão fazer seu/sua filho(a) sentir-se envergonhado(a) e desencorajado(a)? Escute o que está falando, seu tom de voz e questione seus pensamentos. O que eles estão dizendo para você fala da atitude da sua criança/adolescente ou de alguma parte da sua história de questões irresolvidas? Quando não olhamos para nossa história e buscamos dar sentido a ela, ressignifica-la, podemos repetir padrões nocivos do passado, na nossa forma de ser pai e mãe. Ao fazer essa auto reflexão, poderá ficar mais consciente de si, dos seus pensamentos que geram suas emoções e consequentemente seus comportamentos. Assim, poderá escolher atitudes que caminhem na direção do pai/mãe que deseja ser e dos princípios e valores que deseja ensinar.

A comunicação não-violenta, visa promover interações empáticas, compassivas, que levam o outro e a mim em consideração. Abaixo, seguem os quatro componentes para promover essa comunicação:

Percebem que para uma relação pais e filhos que promova uma ambiente favorável para um desenvolvimento saudável, passa pelo autocuidado dos pais? A violência pode estar sendo uma repetição geracional, tendo como uma das consequências as alterações cerebrais identificadas pelos estudos, em que esses déficits acarretam em distúrbios de socialização, facilitam o envolvimento com drogas e álcool, aumentam a agressividade, contribuem na formação de adultos impulsivos, que tendem a acreditar que os apuros da vida são solucionados por meio da força e não do diálogo.


Ana Paula Gonçalves Martins Moreira
Psicóloga especialista em Gestão de Competências em Recursos Humanos. Especialista em
Terapia Cognitivo-comportamental. Psicóloga clínica de crianças e adolescentes. Palestrante,
professora e supervisora de turmas de formação e especialização em Terapia Cognitivo-
comportamental.

Contatos:
paula.psic@hotmail.com
Instagram: @anapaulamoreira.psicologia
12 99231 3125

Como ajudar a criança a fortalecer a autoproteção?

Como ajudar a criança a fortalecer a autoproteção?

Olá, meu nome é Marisol Vargas. Sou mãe, professora e durante 20 anos tenho sido abençoada trabalhando com crianças na Colômbia, em ênfase na prevenção de abuso, na educação sobre a sexualidade segundo o que Deus criou, e na restauração emocional delas. Ao longo desta experiência tenho aprendido que é fundamentar guiar e proteger as crianças com base nos
princípios bíblicos, que promova afirmação e liberdade em suas vidas. Se fortalecemos a identidade delas, estrão preparadas para enfrentar diversas situações que surgirem.

Apresento 7 estratégias para ajudar crianças e adolescentes a fortalecerem a autoproteção:

  • Ensine as se verem como criação especial, assim como Deus as vê. Elas foram criadas por Ele com um propósito. Deixe-as saber que foram escolhidas, que são perdoadas e amadas, e que seu valor vem de quem elas são, não apenas do que fazem. Efésios 2:10
  • Guie-as enquanto estão crescendo. As crianças sempre precisarão ser guiadas por adultos, observando seu bom exemplos, suas boas práticas, enquanto estão crescendo. Deus nos concedeu grande privilégio ao nos dar filhos em nossas famílias. Provérbios 22:6
  • Crie espaços seguros e de confiança onde as crianças possam conversar sobre diversos temas e encontrar respostas para suas dúvidas, com base na verdade divina. 2 Timóteo 3:16
  • Demonstre interesse em conhecer seus gostos e fortaleça seu círculo de amigos. Ensine-as que Jesus é o verdadeiro amigo, que as ajuda e que pode satisfazer suas necessidades de aceitação, participação e pertencimento. Provérbios 13:20
  • Mostre-lhes que todo o seu ser é especial – espírito, alma e corpo – e merece respeito e cuidado. Faça-a entender que são um tesouro dado por Deus e que devem cuidar de si mesmas. 1 Tessalonicenses 5:23
  • Ajude-as a se protegerem da necessidade de agradar aos outros e de se automutilarem. Sempre haverá um desejo natural nas crianças de serem aceitas, mas devemos fortalecer sua autoestima e autoconfiança. Isaías 43:4-5
  • Ajude-as a compreenderem que tudo o que veem ou vivenciam afeta sua mente, suas emoções e sua vontade, que seus cinco sentidos são muito importantes. Ensine-as que elas têm autoridade para dizer “NÃO” a qualquer situação que coloque em risco sua integridade. Provérbios 14:16

Espero que estas 7 estratégias sejam úteis para você fortalecer a autoproteção de crianças e adolescentes com as quais convive. Desejo que você tenha muito sucesso em seu trabalho!

Marisol Vargas
Coordenadora do Projeto Calçada na Colômbia
Lider da Red Viva e do Movimento Juntos pela Infância na Colombia Fundadora de
Biblioeseñarte (materiais infantis para a prevenção de maus tratos e abusos) –
www.facebook.com/biblioensenarte.bea

onde deus mora?

onde deus mora?

Provavelmente seu filho e/ou filha já fez esta pergunta a você. Qual foi sua resposta? Em Deuteronômio 6
recebemos uma orientação de um tipo de relacionamento com Deus que estabelece uma rotina da
presença diária dele em nosso lar. Como podemos fazer de nossa casa um lar onde Deus se alegra em
estar?

  1. AMOR INCONDICIONAL
    “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua
    força.” (Deuteronômio 6.5)

    Nosso relacionamento de amor com Deus é a chave de um lar feliz. Pais/responsáveis* que amam
    a Deus aprendem o valor da obediência e do perdão, do cuidado e do respeito. Pais/responsáveis*
    que veem Deus como Pai são curados em suas feridas de infância e se tornam agentes de cura
    para a próxima geração.

  2. COMPARTILHAR REVELAÇÃO
    “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos…”
    (Deuteronômio 6.6 e 7a)

    Nosso alvo não é só levar a criança a saber histórias sobre Deus, mas a ter uma experiencia
    pessoal com ele. A palavra de Deus é viva quando muda nossa atitude. Precisamos compartilhar
    com nossos filhos e filhas nossas lutas, desafios e vitórias espirituais e conduzi-los a
    experimentarem a revelação de Deus para suas vidas.

  3. ANDAR JUNTO
    “…e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-
    te.” (Deuteronômio 6.7)

    Este texto nos fala de constância, de um estilo de vida. Valorize cada momento com seus filhos e
    filhas. Seja intencional nas conversas, nos momentos de refeição juntos, na hora do lazer, ao
    assistir a um filme juntos, ao colocar o filho e/ou filha para dormir e abençoá-lo, ao levá-lo para a
    escola. Todo tempo pode ser transformado em tempo de qualidade se você se aplicar em
    estabelecer a cultura do céu em seu lar.

  4. LEMBRAR EM ORAÇÃO
    “Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás
    nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (Deuteronômio 6.8)

    A Palavra de Deus é poderosa e precisa estar sempre diante de nós. Orar a Palavra sobre a vida
    de nossos filhos e filhas é a melhor maneira de orar dentro da vontade de Deus. Separe cada dia
    um texto bíblico e faça declarações de fé sobre a sua família. Escreva versículos e cole-o em
    lugares visíveis desafiando a família a memorizá-los. Deus tem um compromisso com a sua
    Palavra. As promessas e direções são para serem praticadas e a sua oração irá regar e fazer
    florescer estas sementes da Palavra de Deus. Não abra mão dos princípios dados por Deus e
    permita que ele tenha prazer em habitar na sua casa.

    *como responsáveis entenda-se avós, tios e demais cuidadores das crianças e dos adolescentes


    Ariadne Terrinha Motta
    Psicopedagoga, arteterapeuta
    Pastora de crianças na igreja da Família em Belo Horizonte
    @othilielariadne Motta