“Minha família deve seguir a luz de Jesus”

“Minha família deve seguir a luz de Jesus”

O Ian sentou em uma cadeira em frente a um rapaz que ele nunca tinha visto antes, mas em pouco tempo, Ian começou a se sentir à vontade e puxou a cadeira para se aproximar do educador, que estava em sua primeira experiência com o aplicativo da Bolsa  Verde.

Ao ver imagens de crianças ao redor do mundo, que passaram por muitos momentos difíceis, Ian ficou mais interessado em ouvir e disse que um dos meninos da foto parecia como seu irmão.

Com mais liberdade, Ian começou a contar sobre a tristeza que sentia na casa onde mora com sua avó, pois certo dia ela desmaiou perto dele. Ele machucou a cabeça, mas sua avó teve o braço e a perna muito machucados e agora está cega. Ian compartilhou que se sente muito triste e profundamente preocupado com a saúde da avó, para o ponto de querer chorar apenas enquanto fala sobre isso (ele chorou, na verdade).

Ian se descreveu como uma grande lágrima.

Porém, ao ouvir as histórias ilustradas da Bíblia, histórias que se relacionavam bem do jeito que ele estava se sentindo, Ian começou a se soltar mais e disse que estava se sentindo protegido e feliz, porque Jesus estava lá com ele. Ian até decidiu orar por todas as crianças ao redor do mundo.

Ian escolheu um cartão de bolso e disse

minha família deve seguir a luz de Jesus e a luz de Jesus supera as trevas da cegueira de minha avó ”.

Ao final Ian se descreveu como um rosto feliz! Feliz e cuidado por Jesus. O novo educador, muito emocionado, não conseguia acreditar que um aplicativo tão simples e histórias bem conhecidas poderiam fazer tal impacto na vida de uma criança e mudando a forma como ela se via. Na verdade, o educador disse que ele mesmo foi muito impactado.

O Projeto Calçada  quer impactar crianças, adolescentes e adultos. Faça parte dessa missão!

CONSTRUINDO RESILIÊNCIAS – Um olhar nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020

CONSTRUINDO RESILIÊNCIAS – Um olhar nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020

Construindo Resiliências? Isso mesmo! 

Estudos e evidências científicas em temas nas áreas da saúde e ciências sociais destacam cada vez mais a relevância dessa capacidade humana de resistir, superar; ir além de, e apesar de. Para tanto, é evidenciada a partir de suas características: dinâmica, renovável e adaptativa, em uma interativa construção biopsicossocial humana.

E o que promove mecanismos humanos à resiliência?

Vários aspectos (intrapessoal, interpessoal, familiares, sociais, culturais, espiritual, artístico) estão implicados. Esse conjunto de fatores podem contribuir com os processos de construção de resiliência. Assim, é importante ter em consideração, que: a resiliência não é um fim em si mesma, ela é potencialidades dinâmica e adaptativa.

Dinâmica também dentro da análise de constituintes individuais, e, nas etapas do ciclo vital de cada pessoa (criança, adolescente, adulto, idoso). Ressalto que: é necessário ao abordarmos referências à criança e ao adolescente, atentar à sua singularidade enquanto pessoa em desenvolvimento, e sujeito de direitos legalmente compreendido e protegido a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Portanto, particularidades normais, identificadas à cada pessoa e às fases do seu ciclo vital, necessitam de atenção e suporte correspondentes. Isso também compõe o pensar e agir orientado em promover resiliência. De forma que, pessoas com debilidades humanas, mas também com seus recursos internos e, interligadas com outras pessoas do seu entorno (familiares, amigos, educadores, …), em conexões colaborativas, seguem construindo a vida e concretizando sonhos. A resiliência destrói o determinismo do mal, a visão linear causa-efeito.

Diante do panorama atual na saúde mental, e sobretudo às vivências existenciais, impactos também relacionados a Pandemia Covid-19, avalio promissora essa reflexão. Contudo, considerando essa capacidade humana essencialmente realista e esperançadora – resiliência; aqui proponho apenas uma pontual e breve reflexão, especificamente focada na rede humana de laços afetivos e os processos de resiliência. Aceitação, afeto, apego, empatia, respeito, confiança, autoestima, ética, sentido da vida, competências sociais e profissionais, o humor, as artes em suas diversas expressões; todos esses e outros mais, são elementos constituintes nos processos vinculares de resiliência.

Enfim, sumariamente refletir alguns pontos de destaques, baseados em um olhar conectado em histórias de atletas nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020. 

A Pandemia Covid-19 impediu que as Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020 fossem realizadas no ano de 2020. No entanto, respectivamente nos períodos de 23 de julho à 08 de agosto e 24 de agosto à 05 de setembro de 2021, ainda em meio a pandemia; e com todas as dificuldades, limitações e protocolos impostos, pudemos assistir extraordinárias referências de inclusão humana e social; celebrações; conquistas de atletas ali representando diversos povos, etnias e países. Cenário de busca de diversidades nas desigualdades.

Vimos e ouvimos partes de muitas histórias interação, compromisso, dedicação, empatia, persistência, resistência – resiliência. Histórias de atletas que puderam participar dessa extraordinária edição dos jogos olímpicos e paraolímpicos. Espetacular! Ali, estiveram atletas brasileiros e vários daqueles, foram ao pódio, e então, retornaram de suas competições coroados com suas respectivas medalhas. Bravo Brasil! Oportuno destacar, o individual e coletivo contentamento; expresso não somente pelas medalhas, mas também pelo participar – participar do jogo, da competição, do brincar com propósito. Relevante o valor do protagonismo e a participação consciente do atleta (criança, adolescente, adulto). Portanto, caminhada numa trilha, estrada alicerçada e construída em laços de inclusão, colaborativos e instrutivos à concretização de sonhos! O Olhar mobilizador e focado no total da potencialidade humana. Olhar que nos transpõe, e colaborativamente nos faz ir além da limitação de uma especificidade – Resiliência.

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. I Coríntios 9.24

Baseados nesses imprescindíveis destaques e nas evidências de estudos, sobre a importância dos laços afetivos humanos na construção da resiliência, abaixo cito alguns destaques de reportagens; falas de alguns/as atletas, em especial, da delegação olímpica do Brasil. Leiamos atentamente:

“… queria que minha avó estivesse aqui, viva, para ver que eu consegui …” 

“… minha mãe sempre me ajudou no meu sonho. Ela acreditava, acreditou em mim …”

“… obrigada pai, apoio e muitos treinos juntos. A medalha é sua também! …”

“… obrigado pai, você me ajudou chegar aqui! …”

“… essa medalha, é de muitos: pai, mãe, família, educadores, treinadores, …”

“… no isopor da tampa da caixa de gelo dos pescados do pai: vi prancha, já tinha a prancha …”

“… nos pedaços de ‘madeira que não servia’ jogada; vi a madeira do barco, feito o barco …”

“… depois da minha família; agora é ela que sempre me incentiva, é esposa e treinadora …”

“… sempre me incentivando, vai conseguir, estamos juntos, vamos…”

“…e em que posso ajudar? Continue, vamos, é seu sonho…”

“…passou por cirurgia, se recuperando, vai voltar a treinar, vai chegar lá…”

“…essa limitação física é só um aspecto. …você tem sonho, vamos juntos com o todo que você tem…”

Essas e muitas outras falas, expressam histórias reais de dificuldades, limitações, vulnerabilidades, tempos de sofrimentos; mas, e sobretudo, também histórias de superação, momentos de reconhecimento e gratidão às pessoas que contribuíram com os processos de conquista àquelas medalhas. Exuberante! Esperançador!

Então, quais e como as pessoas podem ajudar outras a construírem-se?

Estudiosos da Resiliência aplicada ao campo de pesquisas sociais e da saúde reconhecem a existência de realidades desafiadoras à vida, e de sofrimentos humanos. Contudo, não simplesmente à uma análise linear, reducionista, determinista, mas um olhar crítico de realismo positivo, numa busca de sentido e construção da vida. Descobertas e redescobertas de uma esperança realista -resiliência. 

Interessantes estudos mostram que: “se deixarmos sozinhos uma criança, ou um adolescente ferido, em sofrimento, existem fortes probabilidades de direcionamento para repetição de resolução anti-resiliente”. No entanto, podemos ter a oportunidade de nos conectarmos, de nos vinculamos, e possibilitar uma virada resiliente – que extraordinário! E ainda: “a criança emocionalmente ferida, que naturalmente, espontaneamente, apresenta aparente melhora, pode na verdade, ter vivenciado encontro construtivo, ou seja, conexões com pessoas afetivamente significantes, podem efetivamente ter conduzido e acionado recursos internos promotores de resiliência àquela criança.

E uma vez resiliência, resiliente para sempre? A resiliência é fixa?

Na condição humana não há garantia de efeitos lineares causais, nem tão pouco definitivos. Como referido em outros parágrafos, no conceito da resiliência há um dinamismo, uma correspondência multifatorial, em contexto particular e ciclo vital de cada pessoa. A exemplo das defesas imunológicas vacinais, em algumas imunizações ocorre temporalidade vacinal na efetividade, limite de validade da ação protetora, o que implica em necessidade de renovação à aquisição da proteção específica. Semelhança aplicável ao mecanismo e capacidade resiliente pessoal, familiar, comunitária.

Diante desse breve olhar reflexivo prático-conceitual e, associando às ações protetivas e de cuidado à infância e adolescência, encontramos inúmeros incentivos às estratégias de promoção à resiliência infanto-juvenil. Para tanto, pais, familiares, educadores, agentes sociais, profissionais da saúde e educação, todos somos convidados e convocados a participar desse paradigma, numa perspectiva do realismo positivo da resiliência. Eis a convocação: promover o desenvolvimento de recursos favoráveis e fortalecedores em habilidades e competências resilientes junto às crianças e adolescentes que estiverem ao nosso alcance. 

Acredite: desafio gratificante!

Texto escrito por: Joseana de Oliveira Menezes Galvão. – Médica com Pós-graduação em Sexualidade Humana, Terapia Familiar, Problemas Relacionados ao Uso Abusivo de Álcool e Outra Drogas Brasil. 

Consultora do Programa Claves Brasil – Programa de Prevenção aos Maus tratos e Promoção de Bons Tratos em Família – www.clavesbrasil.org

Membro do Conselho da Associação Lifewords Brasil – Projeto Calçada – www.projetocalcada.org

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2021

Joseana de Oliveira Menezes Galvão

“Me sinto aliviada e abençoada e que Deus”

“Me sinto aliviada e abençoada e que Deus”

Durante a pandemia, a depressão tomou conta de muitas crianças e adolescentes, causando em alguns deles, o desejo de tirar suas próprias vidas.

Foi com muita tristeza que a adolescente Karina, do Chile, chegou para falar com um educador do Projeto Calçada.  Fazia um ano que a irmã mais nova de Karina havia morrido tragicamente.

Com muita gentileza, compreensão e palavras de conforto, o educador conversou com Karina, contando as histórias de Jesus. Falou do amor e do quanto Ele se preocupa com a tristeza dela.

Ao ouvir a história do conforto que Jesus deu à mulher que era viúva e perdeu o seu único filho (Lucas 7.11-17), Karina disse que estava se sentindo aliviada, abençoada e que Deus estava lhe dando força naquele momento. Em oração, a adolescente agradeceu a Deus por cuidar de sua família e ajudá-los em todos os momentos.

Antes de encerrar a conversa, ela disse ao educador que estava se sentindo como a lua. Brilhante! E que assim como a lua,  ela pode brilhar por muito tempo, não importa o que aconteça.

Ajude a levar o brilho de Jesus para mais crianças e adolescentes por meio do Projeto Calçada. Doe agora! 

“Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!”

“Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!”

Você já pensou no que significa estar perdido em uma grande floresta, sentindo-se triste, sozinho e abandonado? Foi precisamente como um pato perdido em uma grande floresta que Anne se comparou.

 

Ela que tem apenas 13 anos, mas que abriu seu coração durante o aconselhamento com a Bolsa Verde do Projeto Calçada. Dizendo que não se sentia amada por sua mãe e que ninguém na família se importava com ela. E o que doeu ainda mais em Anne, foi que no seu aniversário não recebeu nem mesmo um telefonema de seu pai.

 

Com todo o tempo disponível para ouvir com atenção, nossa educadora disse a Anne que Jesus a amava muito e estava pronto para ouvir o que ela quisesse dizer a Ele, como aconteceu com aquelas crianças e adolescentes na história que se encontra no evangelho de Marcos 10: 13-16. Anne deu um grande sorriso com alegria ao ver que Jesus valoriza todas as crianças. .

 

Deus preparou muitas surpresas para Anne naquela tarde. Pois ao ouvir a parábola da ovelha perdida, entendeu que ela foi aquela ovelha cuidada por Jesus. Foi surpreendente ver como Anne chorou durante e no final da oração. Com um lindo sorriso ela disse: Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!

 

Aquele pato que se perdeu na floresta, virou ovelha nos braços de Jesus! No final dessa conversa agradável, Anne saiu com um novo brilho nos olhos, com uma nova esperança, com uma nova alegria, com uma nova determinação, por ter descoberto que não está sozinha.

 

Assim como Anne, temos em Cabo Verde muitos adolescentes sofrendo nas ruas, ou mesmo dentro de seus lares, precisando saber que Jesus é a solução. Aprender que eles são importantes, especiais e que têm valor!

 

Louvamos a Deus porque o Projeto de Calçada está ativo em Cabo Verde, para curar muitos corações!

 

Ajude a curar mais corações você também.